segunda-feira, 11 de junho de 2018



INVASÃO PERSA DA BABILÔNIA



A Babilônia entra em decadência:
Após Nabucodonosor vem seu filho Evil Merodaque (568 - 560 ).
O genro de Nabucodonosor assume:  Neriglissar (560 - 556 ).
Depois Nabonid e Belzasar seu filho como associado no governo ( 556 - 539 )
Neste tempo , a dinastia dos Aquemênidas, fundada por Ciro II vence o rei dos medos, Astíages, e conquista a Média (550) pondo fim ao período de domínio medo, mas não eliminando o império medo, houveram alianças e acordos. Alguns historiadores sustentam que Ciro teria conseguido esta aliança com os medos se casando com a filha de Astíages.
Em 549 Ciro conquista Ecbátana, cidade principal do Irã e funda o Império Persa
Em 547 Ciro derrota Creso da Lídia e conquista Sardes, principal cidade da região.
Em 12 de outubro de 539 a Babilônia é tomada sem combates por Ciro, o persa, que tem à frente dos exércitos Dario, o medo, que foi quem assumiu o governo da cidade submetido ao reinado de Ciro e como associado do reino. O neto de Nabucodonosor, Belzasar participava de uma grande festa quando Dario, o medo, invade a Babilônia desviando o curso das águas do rio Eufrates que atravessava a cidade, passa a seco com seus exércitos na protegida cidade, que era murada, sem ser percebido.  Aqui surgiu uma dúvida por parte de diversos historiadores por causa do nome de Dario como responsável pela ocupação da Babilônia, realmente Ciro é o general chefe, o conquistador, e nesta sua qualidade continuou outras conquistas. Este Dario morreu dois anos depois, obrigando Ciro a retornar para tomar conta do governo.


 Os Persas encaravam as coisas de maneira diferente dos povos conquistadores anteriores, no que diz respeito ao tratamento dispensado aos povos pertencentes ao império. Os antecessores haviam sido os assírios e babilônicos, dominando grandes áreas eles eliminavam a vida própria dos conquistados, saqueando, destruindo, deportando, tributando e endurecendo o regime, tornando homogêneo ao máximo os costumes. História, cultura e religião diferentes eram considerados ameaçadores. Quando a estrutura militar enfraquecia, rompia essa estrutura facilmente.  
Os persas permitiam aos povos dominados manterem sua língua própria, leis e costumes, moral, religião, moeda e as vezes até reis diferentemente dos dois domínios anteriores. Os Aquemênidas aprendem com os erros dos assírios e babilônicos e permitem uma política de tolerância, decorrente de perceberem que com isso o império mundial era melhor administrado e mais duradouro. Não se tratava de um regime frouxo, não havia tanta autonomia nas decisões e ações.
cobrança de tributos de vários países: seção de tablete da sala de audiência do palácio real da Pérsia, em Persépolis. Os governadores, tanto os nativos das terras como os persas que eram nomeados, prestavam contas aos sátrapas (a palavra sátrapa significa “protetor do domínio”), que por sua vez prestavam contas aos reis. A hierarquia era severa e desde os sátrapas aos funcionários eram tidos como escravos. O poder era centralizado em cidades como Pasárgada, Persépolis, Susã,Ecbátana, onde geralmente instalavam-se as residências dos reis.
Para que não lhes fugisse o controle de certos setores do reino, um dos fatores  usados foi a língua, o aramaico era compreendido em diversos lugares desde o século VII e foi usado como língua oficial do estado. Era um fator de unificação no Oriente Antigo no domínio Persa. Na Ásia Menor o grego era a língua oficial e as demais línguas eram permitidas.  
 Toleravam a vida intelectual, religiosa, as tradições, não uniformizavam, antes estimulavam a religião e culturas próprias, às vezes até por decretos reais. Ciro aceita e simpatiza com vários deuses, como por exemplo Marduk e Nabu dos babilônios, em vários momentos surgem decretos em que se estabelece ordens de culto no Egito (Elefantina), na Ásia Menor (Meandro), e desta mesma natureza parece ser o decreto de Ciro para a restauração do Templo de Yahveh em Jerusalém.  (537).
As conseqüências  que o domínio Persa teve para Judá e Jerusalém foi fruto desses novos princípios políticos, religiosos e culturais adotados. Não se trata apenas de um ato de misericórdia do rei Persa, é uma atitude política, tomada em mais de uma região conquistada e que permanece viva em outros reis que o sucedem. É uma característica persa de administração dos conquistados.

O período do exílio, apesar de uma época opressiva, serviu para que houvesse uma reflexão e uma renovação da vida espiritual baseada no monoteísmo e na fidelidade ao Deus dos antigos, pois haviam ocorrido diversas adoções a novos deuses. Israel volta para a sua terra e a nova comunidade precisava retomar e estar de acordo com as determinações do passado. O Templo, o sacerdócio, os sacrifícios, as leis, a guarda do sábado, a circuncisão, as festas, teriam que retomar a mesma identidade que alguns poucos cuidaram em preservar. Não consistia apenas na reconstrução da cidade, necessitava haver a reconstrução da confiança e da pureza religiosa que alguns tinham perdido na Babilônia.
 urnas decorativas do sexto século a. C. encontradas próximo à Tel Aviv.
Com o passar do tempo as lembranças de Sião vão esfriando e novas gerações que não conheceram a terra vão surgindo. Os servidores do governo e do Templo, provavelmente tiveram que adquirir outras profissões civis. Não podemos imaginar que todos quisessem imediatamente sair da Babilônia para ir para a Palestina, tinham tido suas vidas estabelecidas no cativeiro e estavam acomodados, mesmo porque não podiam sair de qualquer maneira, haviam negócios a serem desfeitos.
Já a terceira geração de judeus havia se criado na Babilônia. Os judeus mais novos não se interessariam em deixar suas vidas ali para irem a uma cidade que tinha sido destruída e que precisava ser restaurada. Não deixariam com tanta facilidade os campos férteis e o comércio já desenvolvido para passarem às rudes condições de trabalho. Somente alguns anos depois do decreto de Ciro é que surgem os primeiros grupos entusiasmados em retornar.
Durante o exílio a Palestina não ficou completamente desabitada, por isso era uma tarefa difícil conferir as propriedades às devidas famílias. (assim como em outros retornos dos judeus à sua terra).Tratava-se de um árduo trabalho, que não seria possível se não houvessem homens empreendedores, dispostos e corajosos, como por exemplo Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias, Zorobabel, uns prefeitos de cidade, coletores, escrivães, oficiais de registro,  outros camareiros reais, outros profetas. Alguns judeus exercem notada influência em negócios públicos, lugares importantes, de modo que sua influência e sagacidade foram sabiamente aproveitadas pelos reis babilônicos e persas.





















































































































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